Desta vez, o magistrado acusa Temer de obstrução da Justiça e de atuar como líder de organização criminosa.
Janot inclui na denúncia os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), assim como o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-deputados peemedebistas Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Rocha Loures. Segundo a denúncia, eles praticaram ações ilícitas em troca de propina por intermédio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados.
Com relação ao crime de obstrução da Justiça, Janot aponta como causa os pagamentos indevidos para evitar que Lúcio Funaro firmasse acordo de colaboração premiada.
O procurador, que têm a posse do cargo na PGR até o próximo domingo, ainda pediu o desmembramento de dois inquéritos que tramitam na corte.
Em um dos casos, pediu o desmembramento para que as acusações contra o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos ligados à holding J&F, sejam encaminhadas ao juiz federal Sérgio Moro, que cuida das ações da Lava Jato na primeira instância em Curitib. O acordo de delação premiada firmado com Joesley e Saud está sendo investigado após áudios apontarem que ambos podem ter omitido crimes aos procuradores.
No segundo pedido de desmembramento, o procurador-geral solicita que os autos sejam enviados para a Justiça Federal do Distrito Federal para avaliar as condutas de Funaro, de Cunha e de Roberta Funaro, irmã do empresário.
O julgamento da denúncia apresentada por Janot depende de autorização pela Câmara dos Deputados para que o STF possa prosseguir a análise da acusação.
O PMDB afirmou, em nota, que “lamenta mais um ato de irresponsabilidade realizado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot”.
Fonte: Reuters
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